Etmilogia

Bruxa. [De uma base pré-romana *brouxa]. S. f.
- 1. Mulher que faz bruxarias; feiticeira, maga, mágica; As bruxas eram perseguidas e castigadas pela Inquisição.
- 2. Mulher feia e/ou rabugenta.
- 3. Bras. Mariposa (1). Tipo de borboleta preta.
Mariposa Bruja "Ascalopha odorata " – São conhecidas popularmente como bruxas negras e foram descritas cientificamente pela primeira vez em por Kart Von Linne.
Em algumas culturas os lepidópteros simbolizam bruxas e fadas, em outras são consideradas a alma das bruxas. A simbologia se estabelece ao relacionar a habilidade destes animais e das bruxas em se mesclar ao ambiente tal como o camaleão. Alguns contos folclóricos dizem que a alma de um bruxo toma a forma de uma mariposa negra e trata de encontrar seu corpo. Se os humanos o encontram primeiro devem fechar a boca, caso ela entre poderá causar a sua morte. Possivelmente, este conceito de alma explica por que em muitas pinturas medievais dos anjos tenham asas de mariposa, em vez de aves.
História
Bruxaria: uma história de perseguições por Jade Miladys, adaptação Ricardo DRaco
No intuito de tornar a religião cristã uma religião universal e ampliar o poder da Igreja por interesses econômicos, começaram as perseguições aos adeptos de outras religiões, culminando com tortura e morte de muitos inocentes.
A carta "Maleus Malleficarum" (O Martelo das Bruxas) estipulando condutas típicas que caracterizariam uma pessoa como "bruxo".
Início do Século IX: Difundiu-se uma crença popular que feiticeiros e bruxos malignos existiam. A Igreja Católica da época oficialmente afirmava que tais bruxos não existiam. Era uma heresia dizer que eles eram reais. "Por exemplo, no século 5o., o Conselho eclesiástico de St. Patrick estabeleceu que 'Um Cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio; a lei dizia que pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu.' Um capitólio da Saxônia (775-790) proclamou estes estereótipos da crença pagã: 'Se alguém, devoto do Demônio, seguindo as crenças Pagãs, qualquer homem ou mulher considerado um bruxo, que por sua vez come carne humana, deverá ser queimado na fogueira [bruxo confesso]... devendo assim receber a pena capital."
Ano 906: Regino de Prum, O abade das Trevas, escreve o "Canon Episcopi". Ele reforçava a crença da Igreja de que os bruxos não existiam. Ele afirmava que algumas mulheres desonestas e confusas podiam voar pelo ar com a Deusa pagã Diana embora isto não acontecesse na realidade; o vôo, na verdade, seria uma forma de alucinação.
975: Penalidades para bruxaria e uso de curas mágicas tornam-se severas. O contricionário Inglês de Egbert preconizava (em parte...): "se uma mulher realiza bruxaria , encantamentos e [usa] filtros mágicos, ela deverá se abster de comida por vinte meses.... se matar alguém com seus filtros, ela se absterá por sete anos." A Abstenção consistia apenas de pão e água.
1140: Gratian, um monge italiano, incorporou a Canon Episcopi na lei canônica.
1203: O movimento Cathar, um grupo de Cristãos Gnósticos, tornou-se popular na região de Orleans, França e na Itália. Eles foram declarados Hereges pela Igreja. O papa Inocencio III aprovou uma guerra genocida contra os Cathars. O último Catar que se tem noticia foi queimado na estaca em 1321.
1227: O Papa Gregorio IX propôs a Corte de Inquisição para prender, confessar e executar hereges.
1252: O Papa Inocencio III autorizou o uso da tortura durante o processo de inquisição.
1258: O Papa Alexandre IV restringiu a Inquisição a manter suas investigações à casos de heresia. Não investigaram crença em feitiçaria a menos que hereges estivessem envolvidos.
1265: O Papa Clemente IV reafirma o uso da tortura.
1326: A Igreja autoriza a inquisição para investigar casos de bruxaria. Sua maior contribuição foi o desenvolvimento da "demonologia," a teoria da origem diabólica da bruxaria e estudo dos demônios.
1330: Aumentou a crença popular que bruxos e feiticeiros malignos são aliados de Satã, tinham relações sexuais com o demônio, raptavam e comiam crianças, etc.
1347 a 1349: A epidemia de peste negra dizimou uma porção considerável da população Européia.
1430: Teólogos Cristãos começaram a escrever livros que "provavam" a existência dos bruxos.
1450: A primeira Grande caçada aos bruxos iniciou na Europa. Historiadores afirmavam que estes genocídios religiosamente incitados foram motivados pelo desejo da Igreja em obter maior número de adeptos e terras.
1474: O Papa Inocencio VIII publicou um bula papal condenando bruxos.
1480: Thomas de Brabant escreve o livro "Formicarius", que descreve a prossecução de um homem por bruxaria. Cópias deste livro foram anexadas ao Malleus Maleficarum anos mais tarde.
1486-1487: Inquisidores (Heinrich Kraemer) e Jacob Sprenger publicam o Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas).
1500: Durante o 14th século, constataram-se 38 acusações contra bruxos e feiticeiros na Inglaterra, 95 na França e 80 na Alemanha.
1550 a 1650: Perseguições alcançaram seu pico neste século. Estes foram chamados de "TEMPOS ARDENTES.
1563: Johann Weyer (b. 1515) publica um livro que agride as crenças pagãs. Chamado de "De Praestigiis Daemonum" (Queda das Almas), preconizava a não existência dos bruxos, mas que Satan forçava que eles o seguissem. Ele rejeitava as confissões obtidas sobre tortura e violência e recomendava tratamento médico ao invés de tortura e execução.
1580: Jean Bodin escreve "De la Demonomanie des Sorciers". Ele afirmava que era necessário punir os bruxos. Nenhum bruxo acusado deveria ser liberto em caso de suspeita de culpa.
1584: Reginald Scot publicou um livro que estava à frente de seu tempo. In Discoverie of Witchcraft, ele afirmava que os poderes sobrenaturais não existiam. E mais: que as bruxas não existiam.
1608: Francesco Maria Guazzo publica o "Compendium Maleficarum." Este discute pactos entre bruxos e Satã, a magia que os pagão utilizam para prejudicar pessoas, etc.
1609: Pânico contra bruxos na região Basca, Espanha. La Suprema, o corpo governamental da Inquisição espanhola, reconheceu o acontecido e publicou o Edital de Silência que proibia a discussão sobre bruxaria. O pânico da população desapareceu.
1610: Cessa a perseguição aos bruxos na Holanda, provavelmente devido ao livro de Weyer, 1563.
1616: Uma segunda perseguição às bruxas foi em Vizcaya. Novamente um Edital de Silêncio foi publicado pelo Tribunal de Inquisição. Entretanto o rei aboliu o edital e 300 bruxos confessos foram queimados vivos.
1631: Friedrich Spee von Langenfield, um sacerdote jesuíta, escreve "Cautio Criminalis". Ele condena as caçadas à bruxos e perseguições em Wurzburg, Alemanha. Ele diz que o prisioneiro é confesso somente devido à torturas e não define a realidade.
1684: Foi executado na Inglaterra o último acusado de bruxaria.
1690's: Cerca de 25 pessoas morreram durante à louca caçada aos bruxos em Salem; um deles foi pisoteado devido a ele não entrar em processo de confissão; alguns morreram nas prisões, o restante foi enforcado. Não houve novas perseguições na Nova Inglaterra.
1745: França cessa a execução de Bruxos.
1775: Alemanha cessa a execução de Bruxos.
1782: Suiça cessa a execução de Bruxos.
1792: A Polônia cessa a execução de Bruxos; o último país da Europa que a realizava.
1830: A Igreja finda a perseguição aos bruxos na América do Sul.
No intuito de tornar a religião cristã uma religião universal e ampliar o poder da Igreja por interesses econômicos, começaram as perseguições aos adeptos de outras religiões, culminando com tortura e morte de muitos inocentes.
A carta "Maleus Malleficarum" (O Martelo das Bruxas) estipulando condutas típicas que caracterizariam uma pessoa como "bruxo".
Início do Século IX: Difundiu-se uma crença popular que feiticeiros e bruxos malignos existiam. A Igreja Católica da época oficialmente afirmava que tais bruxos não existiam. Era uma heresia dizer que eles eram reais. "Por exemplo, no século 5o., o Conselho eclesiástico de St. Patrick estabeleceu que 'Um Cristão que acreditasse em vampiros, era o mesmo que declarar-se bruxo, confesso ao demônio; a lei dizia que pessoas com crenças não poderiam ser aceitas pela Igreja a menos que revogue com suas palavras o crime que cometeu.' Um capitólio da Saxônia (775-790) proclamou estes estereótipos da crença pagã: 'Se alguém, devoto do Demônio, seguindo as crenças Pagãs, qualquer homem ou mulher considerado um bruxo, que por sua vez come carne humana, deverá ser queimado na fogueira [bruxo confesso]... devendo assim receber a pena capital."
Ano 906: Regino de Prum, O abade das Trevas, escreve o "Canon Episcopi". Ele reforçava a crença da Igreja de que os bruxos não existiam. Ele afirmava que algumas mulheres desonestas e confusas podiam voar pelo ar com a Deusa pagã Diana embora isto não acontecesse na realidade; o vôo, na verdade, seria uma forma de alucinação.
975: Penalidades para bruxaria e uso de curas mágicas tornam-se severas. O contricionário Inglês de Egbert preconizava (em parte...): "se uma mulher realiza bruxaria , encantamentos e [usa] filtros mágicos, ela deverá se abster de comida por vinte meses.... se matar alguém com seus filtros, ela se absterá por sete anos." A Abstenção consistia apenas de pão e água.
1140: Gratian, um monge italiano, incorporou a Canon Episcopi na lei canônica.
1203: O movimento Cathar, um grupo de Cristãos Gnósticos, tornou-se popular na região de Orleans, França e na Itália. Eles foram declarados Hereges pela Igreja. O papa Inocencio III aprovou uma guerra genocida contra os Cathars. O último Catar que se tem noticia foi queimado na estaca em 1321.
1227: O Papa Gregorio IX propôs a Corte de Inquisição para prender, confessar e executar hereges.
1252: O Papa Inocencio III autorizou o uso da tortura durante o processo de inquisição.
1258: O Papa Alexandre IV restringiu a Inquisição a manter suas investigações à casos de heresia. Não investigaram crença em feitiçaria a menos que hereges estivessem envolvidos.
1265: O Papa Clemente IV reafirma o uso da tortura.
1326: A Igreja autoriza a inquisição para investigar casos de bruxaria. Sua maior contribuição foi o desenvolvimento da "demonologia," a teoria da origem diabólica da bruxaria e estudo dos demônios.
1330: Aumentou a crença popular que bruxos e feiticeiros malignos são aliados de Satã, tinham relações sexuais com o demônio, raptavam e comiam crianças, etc.
1347 a 1349: A epidemia de peste negra dizimou uma porção considerável da população Européia.
1430: Teólogos Cristãos começaram a escrever livros que "provavam" a existência dos bruxos.
1450: A primeira Grande caçada aos bruxos iniciou na Europa. Historiadores afirmavam que estes genocídios religiosamente incitados foram motivados pelo desejo da Igreja em obter maior número de adeptos e terras.
1474: O Papa Inocencio VIII publicou um bula papal condenando bruxos.
1480: Thomas de Brabant escreve o livro "Formicarius", que descreve a prossecução de um homem por bruxaria. Cópias deste livro foram anexadas ao Malleus Maleficarum anos mais tarde.
1486-1487: Inquisidores (Heinrich Kraemer) e Jacob Sprenger publicam o Malleus Maleficarum (O martelo das bruxas).
1500: Durante o 14th século, constataram-
1550 a 1650: Perseguições alcançaram seu pico neste século. Estes foram chamados de "TEMPOS ARDENTES.
1563: Johann Weyer (b. 1515) publica um livro que agride as crenças pagãs. Chamado de "De Praestigiis Daemonum" (Queda das Almas), preconizava a não existência dos bruxos, mas que Satan forçava que eles o seguissem. Ele rejeitava as confissões obtidas sobre tortura e violência e recomendava tratamento médico ao invés de tortura e execução.
1580: Jean Bodin escreve "De la Demonomanie des Sorciers". Ele afirmava que era necessário punir os bruxos. Nenhum bruxo acusado deveria ser liberto em caso de suspeita de culpa.
1584: Reginald Scot publicou um livro que estava à frente de seu tempo. In Discoverie of Witchcraft, ele afirmava que os poderes sobrenaturais não existiam. E mais: que as bruxas não existiam.
1608: Francesco Maria Guazzo publica o "Compendium Maleficarum." Este discute pactos entre bruxos e Satã, a magia que os pagão utilizam para prejudicar pessoas, etc.
1609: Pânico contra bruxos na região Basca, Espanha. La Suprema, o corpo governamental da Inquisição espanhola, reconheceu o acontecido e publicou o Edital de Silência que proibia a discussão sobre bruxaria. O pânico da população desapareceu.
1610: Cessa a perseguição aos bruxos na Holanda, provavelmente devido ao livro de Weyer, 1563.
1616: Uma segunda perseguição às bruxas foi em Vizcaya. Novamente um Edital de Silêncio foi publicado pelo Tribunal de Inquisição. Entretanto o rei aboliu o edital e 300 bruxos confessos foram queimados vivos.
1631: Friedrich Spee von Langenfield, um sacerdote jesuíta, escreve "Cautio Criminalis". Ele condena as caçadas à bruxos e perseguições em Wurzburg, Alemanha. Ele diz que o prisioneiro é confesso somente devido à torturas e não define a realidade.
1684: Foi executado na Inglaterra o último acusado de bruxaria.
1690's: Cerca de 25 pessoas morreram durante à louca caçada aos bruxos em Salem; um deles foi pisoteado devido a ele não entrar em processo de confissão; alguns morreram nas prisões, o restante foi enforcado. Não houve novas perseguições na Nova Inglaterra.
1745: França cessa a execução de Bruxos.
1775: Alemanha cessa a execução de Bruxos.
1782: Suiça cessa a execução de Bruxos.
1792: A Polônia cessa a execução de Bruxos; o último país da Europa que a realizava.
1830: A Igreja finda a perseguição aos bruxos na América do Sul.
Filosofia
Bruxaria é uma das diversas crenças advindo do conceito paganismo, sua essência são os cultos pré-cristãos nascidos no Continente Europeu, onde suas bases é o politeísmo, a ancestralidade, o folclore regional (costumes, práticas e espiritualidade de um povo).
Bruxaria é uma religião no tocante ao significado "reli gare" (religação/ reunir) e não como uma instituição com um corpo hierárquico.
Encontramos dentro desta senda o culto de magia natural, a herbalogia, o artesanato e o contato espiritual homem/ natureza.
Bruxaria é uma religião no tocante ao significado "reli gare" (religação/ reunir) e não como uma instituição com um corpo hierárquico.
Encontramos dentro desta senda o culto de magia natural, a herbalogia, o artesanato e o contato espiritual homem/ natureza.
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